O jornalismo impresso atravessa uma verdadeira crise de identidade. Muitos já decretaram o seu fim, seja em curto, médio ou longo prazo. Mas será que esse dia chegará?
Veja bem: crise de identidade não leva à morte. Um ser humano pode se reconstruir a partir de terapia cognitivo-comportamental, mas isso exige uma aceitação de que há algo a ser tratado.
De acordo com o psicólogo curitibano Flávio Pereira, “(a crise de identidade) pode ocorrer em qualquer fase da vida e serve para reestruturar a pessoa diante de um mundo em constante mudança”.
Enquanto isso, um dos maiores estudiosos do tema, Erik Erikson, assinala que crise de identidade “é um tempo de exploração intensa das diferentes maneiras de olhar para si mesmo”.
E o que isso tem a ver com o jornalismo impresso?
Com o advento da internet comercial, em meados da década de 1990 (em especial a partir de 1995), o jornalismo impresso se deparou com uma necessidade de se reinventar de tal forma que deveria encontrar meios de atingir seu público onde ele estiver a todo instante. Desconsidere os já tradicionais rádio e televisão.
Portais de notícias surgiram e os veículos de comunicação, a começar pelos grandes, precisaram se adequar às multiplataformas, muitas vezes em formato de parceria em troca de conteúdo. Há de se ressaltar que um meio não concorre e tampouco destrói o outro: eles se convergem.
Em 2009, o Webinsider trazia um artigo muito interessante e que se mantém atual: “O que é uma estratégia multiplataforma”. Recomendo incisivamente sua leitura, que traz cases muito relevantes.
E se já não bastasse a concorrência para a mídia on-line (em 2014, eram 54,9% dos domicílios brasileiros com internet no Brasil), a Agência Brasil noticiou que em 80,4% destes utilizavam o celular para navegar na rede. A fonte para ambas as informações é o IBGE.
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